Tuesday, January 14, 2003

Leio Adélia nas entrelinhas
Ainda estou muito confusa
(levanto ou sento?
escrevo ou exercito?)
O rumo – incerto –
percorrendo minha letra.
Nem esta certeza:
a letra é fogo e se apaga.

Escrever necessita fôlego.
Prendo uma ardência
por detrás dos olhos
prendo uma ânsia
de andar descalço
que me faz mancar
meio andando de banda
meio requebro de vaidade.

Precisamente onde começa a escrita?
Na folha? Nos olhos?
Na carne dessalgada?
A escrita é feita de pausas
assim como o poeta, de nadas.

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