Tuesday, January 14, 2003

Hoje eu não estou para ninguém.
Quero deixar o mundo lá fora.
Não estou aqui. Não sou eu.
Sou todas as imagens que quero ver.

Hoje o mundo paralisa o ponteiro no instante da hora.

Hoje sou de novo criança
recém nascida num berço de palha
hoje sou de novo pequena
entre o mistério da noite, o medo e a coragem do instinto de fadas.

Hoje sou mais a minha avó
escolhendo cores que pintar
os olhos dos santos,
sou mais as folhas verdes da infância,
sou cardume de madrugadas lisas,
sou colapso de estrelas mortas,
sou tudo menos o que sou…
pequena, acanhada, estranha,
espantada com o mundo e
com medo da morte.

Hoje eu sou o mundo.

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