Tuesday, January 14, 2003

Quando eu acordo e o meu corpo chora
Vida, homens, mágoa, solidão,
Quando eu acordo e o meu corpo água
Limpa, móvel, rápida expansão,
Quando acordo e não sou nada
e o lençol estendido das horas
me convida ao sono e eu digo não.
São minhas as entranhas que rangem
Geme o gênio ruim que mora no estômago,
algo me impulsiona para fora de mim
para fora da casa, para a lida
Quando eu acordo o que me faz levantar
Não é a vingança da morte
é a constante ciência da vida.

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